quarta-feira, 18 de março de 2009

Ministro Luiz Barretto: preparar até 2014 os 65 destinos turísticos nacionais

Em entrevista ao Diário do Turismo nesta terça-feira (17), durante o Fórum Panrotas, realizado em São Paulo, o ministro do Turismo, Luiz Barretto, abordou diversos aspectos de seu ministério. Falou de mercado interno, crise econômica, entrada de dólares, Copa do Mundo e da promoção do Brasil tanto interna quanto externamente, confira abaixo os principais trechos:

Previsibilidade
"A queda em 23, 79% da entrada de dólares em janerio deste ano, em relação a 2008, (receita cambial fruto da equação gastos dos brasileiros lá fora X dos estrangeiros aqui dentro) significa que janeiro do ano passado foi excelente, mas se você pensar em uma média histórica, ainda assim está acima da média. Vamos trabalhar com cautela e ver os desdobramentos, ver o que vai acontecer em fevereiro e em março. A equipe econômica está tomando as medidas necessárias para que a gente sofra menos aqui no país. Acho que nenhum economista no mundo tem a previsibilidade exata do que vai acontecer"

100 milhões de consumidores
"A crise é geradora de oportunidades à curto prazo. Essa inibição do brasileiro em viajar para fora ajudou muito o turismo doméstico. Temos agora é que enfrentar esse cenário internacional de muita dificuldade econômica. Essa crise no mercado americano e europeu vai significar um trabalho reforçado nosso".

"Primeiro deveremos apostar no mercado interno. Toda aposta que fizemos no ano passado vai continuar esse ano. O mercado doméstico oferece possibilidade para nós superarmos o momento econômico. São quase 100 milhões de consumidores no mercado interno. Vamos estimular o brasileiro viajar mais pelo Brasil".

Feriados e América do Sul
"Temos uma vantagem esse ano com os nove feriados que ocorrerão, quatro no primeiro e cinco no segundo semestre. Vamos fazer campanhas de incentivo para o brasileiro viajar nesses feriados dentro do país".

"Por outro lado, vamos trabalhar muito o mercado sulamericano, que é mais próximo do Brasil. Haverá um aumento de 20% no investimento da promoção dos destinos turísticos do Brasil na América do Sul. Os cerca de R$ 11 milhões atingirão, principalmente, o mercado argentino, principal emissor de turistas para o País, com cerca de 993 mil visitantes. Essa mudança de foco faz com que ganhemos potência na divulgação, já que vamos pagar em peso, não em euro. No mercado argentino e chileno a desvalorização de suas moedas foi inferior à nossa, portanto, o produto Brasil é muito mais barato para eles".

Europa
"Não vamos abandonar nosso trabalho na Europa. Sabemos que lá o cenário é muito difícil, mas nossa meta é poder chegar próximo dos números obtidos em 2008". (Portugal, Itália, Alemanha e França juntos somaram mais de um milhão de turistas no solo brasileiro no ano passado)

Copa do Mundo
"Existe um grande planejamento a ser feito para que o Brasil realize uma grande Copa do Mundo em 2014. Aguardamos a definição das cidades que serão sede, já que a FIFA (Federação Internacional de Futebol) adiou a definição para 30 de maio (era 30 de março)".

"Todas as 17 candidatas têm condições. Assim que tivermos as 12 cidades-sede, o presidente Lula reunirá sua equipe de ministros para discutir um plano especifico sobre espaço urbano, qualificação profissional e promoção. A Copa não será só dessas 12 cidades, mas do Brasil todo. Vamos programar até 2014 os 65 destinos turísticos principais do país. A Copa atrai 240 países, 500 estações televisivas, além dos quase 30 bilhões de espectadores, ou seja, será uma grande vitrine para o Brasil”, disse Barretto ao DT.

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